A reunião iniciou com duas apresentações de músicos da cidade, foi prestigiada com a participação popular e encerrou com uma descontraída visita técnica.
A Assembléia Ordinária do Comitê Alto Rio Grande ocorrida no dia 9 de agosto em Madre de Deus de Minas marcou o início da nova gestão, foi o primeiro encontro entre os conselheiros após a eleição.
A abertura da reunião foi realizada pelo prefeito da cidade, João Eustásio (PMDB), que recitou poemas, destacou a importância do comitê e a satisfação em recebê-lo. Em seguida o compositor Vicente Mario dos Santos realizou uma apresentação ao vivo da música que fez em homenagem aos rios do Brasil e Paulino Carvalho da Silva apresentou o CD gravado em homenagem a Madre de Deus de Minas. Assim, a presidenta do CBH-GD1, Maria Isabela Souza, passou a palavra para todos se apresentarem e para falas da plenária.
Os cidadãos presentes expuseram queixas sobre a falta de tratamento do esgoto, que causa a poluição das águas que abastecem a cachoeira, ponto turístico e de lazer da população, e principalmente, do embargo da extração de areia no município.
Interdição prejudica todo o município
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Análise do local onde havia extração de areia
em Madre de Deus de Minas.
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O prefeito Eustásio enfatizou que a compra da areia em outras cidades “prejudica muito a construção civil e impede que os madre-deusenses possam realizar o sonho de ter a casa própria”. Ele ressaltou ainda que um caminhão de areia custava 60 reais e com a proibição passou a custar cerca de 250, pois precisa ser transportado de São João Del Rei e de outros municípios vizinhos.
A extração de areia, entretanto, está proibida em toda a extensão do Rio Grande, de acordo com a Lei Estadual no 15.082/2004. Diante do impasse o Comitê, seguindo esclarecimentos feitos pelo Coordenador Geral da Promotoria na Bacia do Rio Grande, Dr. Bergson Cardoso Guimarães, orientou que a prefeitura buscasse a permissão por vias judiciais, junto aos órgãos competentes, visto que, foge à sua autoridade abrir exceções ou alterar leis federais.
Visita Técnica
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Conselheiros caminham pela trilha
ao lado da Ferrovia Centro Atlântica. |
Durante a tarde, um ônibus cedido pela prefeitura levou os participantes para uma visita técnica em áreas problemáticas. Os conselheiros caminharam por uma trilha íngreme e empoeirada para observar as erosões no território de Madre de Deus, um impacto causado, principalmente, pela construção da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que corta a cidade por
30 km. Segundo explicou Marcelino Carvalho Nascimento, vice-prefeito e conselheiro do Comitê, a empresa MRS removeu 28 milhões de metros cúbicos
de solo durante a obra e hoje o município sofre as conseqüências socioambientais.
Em seguida, o grupo foi conduzido para as margens do Rio Grande, a fim de analisar o local onde se realizava a extração de areia. Todos puderam observar uma estrutura semi-abandonada, evidenciando a paralisia na atividade, além de várias irregularidades. Assim, alguns conselheiros explicaram aos responsáveis as medidas necessárias para viabilizar a regularização da atividade no município, além do processo judicial.
